Data: 04-04-2012
Criterio:
Avaliador: Marcus Alberto Nadruz Coelho
Revisor: Tainan Messina
Analista(s) de Dados: CNCFlora
Analista(s) SIG:
Especialista(s):
Justificativa
A espécie é amplamente distribuída, apresenta uma EOO de 759196.560 km² e ocorre em várias formações vegetais. Entretanto, suspeita-se que essa espécie esteja sofrendo uma redução populacional significativa devido à intensa expansão de atividades agropecuárias tanto no cerrado quanto nos pampas. Assim, G. graminea pode vir a ser ameaçada no futuro.
Atenção: as informações de taxonomia atuais podem ser diferentes das da data da avaliação.
Nome válido: Gomphrena graminea Moq.;
Família: Amaranthaceae
Sinônimos:
Publicada originalmente na obra Prodr. 13 (2) por Moq. em 1849, a espécie é a única representante da seção Stachyanthus Seub., cuja característica principal é o tubo estaminal recurvado e as inflorescências em espigas. O nome da espécie provém da semelhança de suas inflorescências com as de algumas gramíneas (Siqueira, 1991).
Siqueira (2007) indica uma perceptível redução de suas subpopulações nos Cerrados do Brasil central.
A espécie não é endêmica do Brasil, ocorrendo aqui nos Estados das regiões Norte (Tocantins), Centro-Oeste (Mato Grosso), Sudeste (Minas Gerais, São Paulo), Sul (Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul) (Marchioretto et al., 2012). Foi registrada ainda na Argentina, Paraguai e Uruguai (Siqueira, 1991; 2002). A espécie apresenta padrão de distribuição regional Amplo (sensu Marchioretto et al. 2008), ocorrendo em oito regiões fisiográficas do Estado do Rio Grande do Sul (Marchioretto et al., 2008).
Planta herbácea a subarbustiva (Tannus et al., 2006), ocorre em áreas de cerrados, campos limpos e napeádicos (Siqueira, 1991; 2002), campos sobre solos arenosos (Freitas, 2010) e Campos sujos (Tannus; Assis, 2004) nos Domínios Fitogeográficos Cerrado e Pampa (Marchioretto et al., 2011). Foi registrada com flores entre os meses de outubro a janeiro e com flores entres os meses de outubro e dezembro (Tannus et al., 2006). Apresenta síndrome de dispersão de diásporos pelo vento (anemocórica) (Tannus et al.,2006). A espécie apresenta as seguintes adaptações foliares aos ambientes de solos arenosos em que ocorrem no Estado do Rio Grande do Sul: Pecíolo curto, Área foliar reduzida e Folhas seríceas (Freitas, 2010). Planta geófita (Tannus; Assis, 2004).
1 Habitat Loss/Degradation (human induced)
Detalhes
Apesar de amplamente distribuída em diversos biomas brasileiros, Siqueira (2007) indica uma perceptível redução de suas populações nos Cerrados do Brasil atribuída principalmente a redução destas áreas naturais para atividades antrópicas.
1.1 Agriculture
Detalhes
Os campos nativos do Bioma Pampa, onde a espécie ocorre, vêm sendo rápida e progressivamente degradados nas últimas décadas devido à expansão de atividades agrícolas e silviculturais, à invasão por espécies exóticas (Pinus sp, Eragrostris plana), à expansão de pastagens cultivadas com espécies exóticas, ao sobrepastejo e a práticas inadequadas de manejo. Além disso, esses ecossistemas são muito pouco representados em unidades de conservação (SNUC) (Overbeck et al. 2009).
1.2.1.3 Sub-national level
Situação: on going
Observações: A espécie foi considerada "Vulnerável" (VU) em avaliação de risco de extinção empreendida para a flora do Estado do Rio Grande do Sul (CONSEMA-RS, 2002) e "Em Perigo" (EN) em avaliação de risco de extinção empreendida para a flora do Estado do Paraná (SMA/GTZ-PR, 1995).
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Disponível em <http://cncflora.jbrj.gov.br/portal/pt-br/profile/Gomphrena graminea
>. Acesso em .
Última edição por CNCFlora em 04/04/2012 - 19:37:41